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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Quem merece confiança?


Podemos confiar nas pessoas? Parece uma questão de difícil resposta. Hoje amizades verdadeiras estão se tornando raridade, depositar confiança no próximo tem se tornado, em algumas ocasiões, uma experiência frustrante; e diante desse descrédito, prolifera-se o número de pessoas que preferem viver isoladas a ter que se relacionar. O famoso ditado popular nos amedronta: antes só, que mal acompanhado. Seria essa uma verdade incontestável?

Na realidade, não há quem consiga viver sozinho, é melhor ter companhias, ainda que não sejam as melhores. A alma humana não foi feita para se enclausurar nas celas da solidão. Temos necessidade de nos relacionar, nos doar, compartilhar. Embora vivamos em um tempo de total indiferença e egocentrismo, a essência do ser humano não mudou, buscamos as pessoas ideais a quem queremos chamar de amigos, em quem queremos confiar.

Quando não podemos confiar naqueles com quem nos relacionamos, em parte a culpa é nossa! São as nossas escolhas. Ainda assim, faz-se necessário estar ciente de que todas as pessoas que amamos podem inevitavelmente nos decepcionar. No entanto, não dá pra se render ao ostracismo. A vida é muito curta pra se fingir viver. Não dá pra viver sem amar, sem ter pessoas, sem obedecer às necessidades do coração. Confiar nas pessoas certas é uma conquista, nem todos alcançam. As feridas não cicatrizam facilmente. Ainda assim, vale à pena! Não desacredito. Não entrego os pontos...

Cativar e construir amizades às vezes requer compreensão. Imagine se diante de todas as falhas dos discípulos – que não foram poucas, Jesus tivesse se afastado deles. Ele poderia ter dado continuidade ao Seu ministério sozinho, mas não o fez. Ele não se arrependeu nem de ter escolhido o traidor. A profecia dizia: “Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos”. Provérbios 27:6. Uma verdade preciosa a cerca dos amigos: nos magoam com a verdade e preferem nos ferir à ver nosso insucesso futuro.

Quando compartilhamos amizades reais, a vida tem mais significado, o ser humano se mostra mais terno. Podemos confiar, mesmo correndo o risco de se machucar, e é melhor arriscar, que se tornar descrente, insensível. A própria Bíblia proclama, jubilosa, o brio de grandes amizades enraizadas em bases de afeto e confiança; o principal exemplo é o próprio Deus e o homem que formou. Ele ainda acredita em nós! Num mundo infeliz, é desastroso não ter ninguém, é angustiante não poder ser amigo, é lastimável ter medo da falsidade e enxergar o amor na masmorra da dúvida. A confiança nasce da necessidade de compartilhar, exatamente porque precisamos muito uns dos outros. E não há ninguém que não precise de ninguém. Quem não arrisca vive só. A amizade edificada em Cristo inspira confiança. O cordão de três dobras não se quebra facilmente.

Eder Barbosa de Melo

2 comentários:

  1. Confiança e fé realmente são sinonimos. Acho que por isso devemos nos inspirar na nossa relação com Deus para entender como deve ser o nosso relacionamento com o próximo.
    Como sempre, brilhante, Éder.

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  2. Acho que a nossa grande dificuldade em ter grandes amizades se reflete em nossa imensa dificuldade no que diz respeito a confiar.
    É muito dificil ter amigos como os descritos na bíblia: "mais chegados que irmãos"...

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PODE FALAR A VONTADE, DESDE QUE SEJA PARA EDIFICAÇÃO DO REINO: