BLOG DA CONGREGAÇÃO CRISTÃ CAMINHO DO EVANGELHO

NOSSOS POSTS RECENTES

Pesquisa personalizada

terça-feira, 11 de maio de 2010

E por falar em SOFISTAS...


Recentemente tive a oportunidade de assistir um vídeo no qual um certo indivíduo levanta 10 questões que julgou 'fascinantes' e que todo cristão deveria saber responder. Dentre elas, perguntas como: "Por que Deus não cura amputados?" e "Por que Jesus nunca apareceu realmente pra você?" e até "Por que Jesus ordena que comamos sua carne e bebamos seu sangue?".
Pois bem. O mais interessante nas colocações do indivíduo não foram os questionamentos em si, mas a forma conclusiva e imperativa com que ele se dirige aos ouvintes, realizando um verdadeiro trabalho mental de sugestão, onde você acaba achando que é um demente se não concordar com ele, ou se tentar promover qualquer tipo de raciocínio que discorde da opinião dele, que na realidade ele não trata como opinião, mas como verdade absoluta, lógica e racional.
Fiquei deveras indignado com esta falta de respeito (e talvez você esteja se perguntando: "Por que ele não coloca o link pra podermos ver e avaliar também?" - é porque o foco do post não será refutação dos argumentos, visto que os estes já estão refutados desde antes da fundação do mundo). E por isso, gostaria de fazer um comentário acerca desse tipo de gente, com a ajuda do nosso amigo Wikipédia.

Primeiro, vejamos a definição de SOFISMA:

Sofisma (do grego antigo σόϕισμα -ατος, derivado de σοϕίξεσϑαι "fazer raciocínios capciosos") em filosofia, é um raciocínio aparentemente válido, mas inconclusivo, pois é contrário às próprias leis. Também são considerados sofismas os raciocínios que partem de premissas verdadeiras ou verossímeis, mas que são concluídos de uma forma inadmissível ou absurda. Por definição, o sofisma tem o objetivo de dissimular uma ilusão de verdade, apresentado-a sob esquemas que aparentam seguir as regras da lógica.
É um conceito que remete à ideia de falácia, sem ser necessariamente um sinônimo.
Historicamente o termo sofista, no primeiro e mais comum significado, é equivalente ao paralogismo matemático, que é uma demonstração aparentemente rigorosa que, todavia, conduz a um resultado nitidamente absurdo. Atualmente, no uso freqüente e do senso comum, sofisma é qualquer raciocínio caviloso ou falso, mas que se apresenta com coerência e que tem por objetivo induzir outros indivíduos ao erro mediante ações de má-fé.

Agora, vejamos uma definição para SOFISTA:

A designação de sofista, do grego Σοφιστής(sophistés), substantivação da forma adjetiva e verbal que remete a sophia e a sophos, utilizada para identificar aquele grupo de pensadores, filósofos e letrados da sofística helénica, recolhe em si o polissemantismo bem significativo de uma diversa apreciação dos sofistas. Por um lado, é neste sentido típico e dominantemente pejorativo, caracterizado por Platão como: "um impostor, caçador interessado em jovens ricos, comerciante didático e atleta em combate verbalístico ou erístico, purificador de opiniões, mas também malabarista de argumentos, mais verosímeis do que verdadeiros, mais sedutores do que plausíveis". O sofista é, neste sentido, menos o filósofo como amigo ou amante do saber do que o «sábio» na acepção não pedagógica de uma descoberta da verdade, mas segundo o modelo da transmissão de um ensinamento e, por conseguinte, segundo a forma tradicional de uma didáskalos, ou seja, de uma didáctica. Para o paradigmático entendimento que Platão faz dos sofistas, tal transmissão dos ensinamentos reduz-se a comércio interesseiro de saberes mnemotécnicos, retóricos e sempre relativos.
As palavras sofista, sofística (do grego antigo: σοφιστής, σοφιστικός; derivada σοφός - "sábio", "instruído"), assumem diferentes significados ao longo da história da filosofia, que merecem ser distinguidos:
  1. Chama-se sofista ou sofístico, um conjunto de pensadores, oradores e professores gregos do século V a.C. (e do início do século seguinte).
  2. Em Platão, seguido da maior parte dos filósofos até aos nossos dias, uma perversão voluntária do raciocínio demonstrativo para fins geralmente imorais.
  3. O desenvolvimento da reflexão e o ensino da retórica, em princípio a partir do século I d.C., na prática a partir do século II, no Império romano.
Muito embora não possamos tomar como válido este dado, visto se tratar de um artigo do Wikipédia que não possui bibliografia ou referência, a definição válida não está muito distante desta (Sofista - Mestre em retórica e política que, na Grécia do século V a.C., se deslocava de região em região para transmitir os seus conhecimentos, pelos quais lhe eram pagos honorários. Cépticos relativamente ao conhecimento absoluto, exploravam o raciocínio falacioso. BIBLIOTECA UNIVERSAL - http://www.universal.pt/main.php?id=139, dentre outras fontes que completam a informação supracitada).

Na página http://www.radames.manosso.nom.br/retorica/sofistica.htm encontramos uma definição excelente para esta 'arte', da qual quero citar um pequeno trecho (e sugiro que leiam por completo a definição no site):

"De modo aproximado, sofisma é o enunciado falso que parece verdadeiro numa compreensão superficial.(...)Também é comum considerar como sofisma aqueles enunciados aparentemente verdadeiros, em função de induções malfeitas, provavelmente devido à contigüidade que sempre existiu entre lógica e epistemologia na história do pensamento".

Concluo daí que devemos ter muito cuidado com aquilo que ouvimos e vemos, principalmente na internet, meio que dá ao agente certo nível de impunidade diante daquilo que publica, pois ele nunca coloca a cara pra bater e tem tempo de sobra pra formular novas e arquitetadas respostas cada vez mais engenhosas e falaciosas, se é que se proponha a responder.

Então, caro(a) leitor(a), não perde tempo aquele que se propõe a buscar conhecimento. Faça isso cada minuto e certamente você nunca será pego por esse tipo de gente.

Paz em Cristo! 

Publicado por Rodrigo Muniz - esbocosereflexoes.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

PODE FALAR A VONTADE, DESDE QUE SEJA PARA EDIFICAÇÃO DO REINO: